segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Mudvayne - Scarlet Letters ♫

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Mudvayne - Scarlet Letters 

My heart is beating but the soul has died
My body's breathing beneath catatonic eyes
The blood is flowing, set free for demise
I've lost my balance but God knows I tried

I don't want to be here anymore in scarlet letters
Carved into what once was me
Once was yours, no more

An uphill battle I failed to climb
I left it all now and I don't mind
Betrayed and broken consumed by the lies
Farewell to you all, I'll be fine. Goodbye

I don't want to be here anymore the scarlet letter
Torn in two, a piece of me, the peace in you, no more

Do you believe in loss
Do you believe in faith
Do you believe in death
Now that I'm gone

Forsaken me, ashes to dust just let me lie
Lay me to rest, I've done my best but lost my sight
Turning my back, leave me alone, let spirit rise
Knives in my back, all hope is lost
Say goodbye

I don't want to be here anymore in Scarlet Letters
Got to go, what once was me, once was yours, no more
I don't want to be here anymore,
I don't want to be here anymore the scarlet letters
Carved into what once was me, once was yours, no more

Cartas Escarlates

Meu coração bate mas a alma morreu
Meu corpo esta respirando sobre olhos catatônicos
O sangue flui, definindo uma morte livre
Eu perdi meu saldo mas Deus sabe que eu tentei

Eu não quero estar aqui em cartas escarlates
Esculpido no que uma vez fui eu
Que uma vez foi você, não mais

Uma batalha difícil e eu falhei em subir
Deixei tudo e agora eu não me importo
Traído e quebrado, consumido pelas mentiras
Adeus a todos vocês, eu ficarei bem. Adeus

Eu não quero estar aqui em cartas escarlates
Rasgado em dois, um pedaço de mim, a paz em você, não mais

Você acredita em perda
Você acredita em fé
Você acredita em morte
Agora que eu fui embora

Me abandonou, cinzas e poeira para me deixar mentir
Deite-me para descansar, eu fiz o meu melhor mas perdi minhas vistas
Virando as costas, deixe-me sozinho, deixa o espiríto brilhar
Facas nas minhas costas, todas as esperanças estão perdidas
Diga adeus

Eu não quero estar aqui em cartas escarlates
Rasgado em dois, um pedaço de mim, a paz em você, não mais
Eu não quero mais ficar aqui
Eu não quero mais ficar aqui em cartas escarlates
Rasgado em dois, um pedaço de mim, a paz em você, não mais

Vida cotidiana nas treze colônias inglesas da América do Norte

Puritanos indo à igreja, Boughton

A família das colônias em muito se assemelhava às famílias europeias. Havia uma média de sete filhos por casa, com uma alta taxa de mortalidade infantil. A autoridade residia no pai, mas todos os membros da família deveriam trabalhar.

As mulheres tinham trabalhos dentro e fora de casa. Por suas mãos a família se vestia, comia e obtinha iluminação, tendo em vista que tecidos, alimentos e velas eram geralmente produção caseira. No século XVIII, as mulheres das colônias dificilmente ficavam solteiras, casando-se por volta dos 24 anos - bem mais tarde que as mulheres europeias do período. Já no século XIX, o autor francês Alexis de Tocqueville notaria que as mulheres da América eram muito mais liberadas do que as europeias.
A História tradicional preocupou-se pouco com a vida das pessoas anônimas, guardando para si os atos dos reis e figuras notáveis. Mesmo assim, por meio de poucos documentos, podemos reconstituir uma parte da vida cotidiana. O viajante francês Durant de Dauphiné descreveu, por exemplo, um casamento na Virgínia de 1765:

Havia cerca de cem pessoas convidadas, várias delas de boa classe, e algumas damas, bem vestidas e agradáveis à vista. Mesmo sendo o mês de novembro, o banquete realizou-se debaixo das árvores. Era um dia esplêndido. Éramos oitenta na primeira mesa e nos serviam carnes de todo o tipo e em uma abundância, que, estou seguro, havia suficiente para um regimento de quinhentos homens [...].

Prossegue o cronista relatando a falta de vinho, substituído por cerveja, cidra e ponche. Temos até a receita desse ponche: três partes de cerveja, três de brandy, um quilo e meio de açúcar e um pouco de noz-moscada e canela.

O banquete começava por volta das duas da tarde e durava até noite alta. As mulheres dormiam dentro da casa e os homens pela rua e no celeiro. Quase todos pernoitavam no anfitrião e retornavam para suas casas no dia seguinte.
As mulheres brancas gozavam de boa fama entre os viajantes que visitavam a América. Lord Adam, um inglês visitando os EUA em 1765, descreve-as como diligentes, excelentes esposas e boas para criar família.

Apesar dos elogios, as mulheres não tinham identidade legal. Sua vida transcorria à sombra do pai e do marido. O divórcio foi escasso nas colônias. A maior parte das mulheres casava-se uma única vez.
O universo puritano dividia a existência humana entre infância e idade adulta, sem intermediários. Assim, depois dos sete anos de idade, as crianças eram vestidas como adultos pequenos. Aprender a ler e escrever e o ofício dos pais era, basicamente, a educação que os pequenos recebiam. As crianças tinham várias tarefas na casa colonial, concebida como uma microcomunidade de trabalho.

Mesmo com o desenvolvimento do comércio e das atividades manufatureiras, grande parte da população ligava-se ao campo; a maioria dos homens, portanto, dedicava-se à agricultura.
Em uma cultura prática, os objetos também são, acima de tudo, práticos. Casas geralmente pequenas, camas compartilhadas por várias crianças. Banheiro exterior à habitação. Poucos móveis.

As roupas eram [...] confeccionadas em casa. A sociedade puritana, em particular, vestia-se sobriamente, com tons escuros. As jóias eram quase inexistentes. Quase todos os homens andavam armados.
A vida cotidiana nas colônias inglesas da América do Norte revela uma cultura voltada à função e não à forma. Nas igrejas coloniais ibéricas, quadros ornamentados, altares cheios de detalhes, pinturas - tudo destacava uma forma opulenta que devia levar a Deus. As igrejas da América anglo-saxônica eram despojadas, com bancos para os fiéis, um local elevado para a pregação do pastor (o púlpito) e um órgão. As igrejas puritanas, notadamente, tinham o destaque para o púlpito, ao contrário das católicas, que destacavam o altar.

Em um mundo que se dedicava pouco às diversões, o anglo-saxão costumava ligar trabalho e lazer. As reuniões festivas dos colonos tinham, quase sempre, um objetivo prático: construir um celeiro, preparar conservas etc. A festa misturava-se ao trabalho.
Em 1759, o clérigo britânico Burnaby descreveu Williamsburg (na Virgínia) como uma cidade de duzentas casas, ruas paralelas, praça ao centro e construções de madeira. O autor destaca a simplicidade dos edifícios públicos, à exceção do palácio governamental. A cidade só ficava mais "animada" em época de assembléias, quando a população rural se destinava a ela.

Nos relatos da vida cotidiana nas colônias há um princípio prático que volta com insistência. Tanto na vida cultural como na econômica, as populações das colônias dedicaram-se pouco a atividades de especulação filosófica ou artística. Poucos documentos ilustrariam tão bem essa característica como uma carta de John Adams, em 1780. Residindo em Paris, escrevia ele:
Eu poderia encher volumes com descrições de templos e palácios, pinturas, esculturas, tapeçarias e porcelanas - se me sobrasse tempo. Mas não poderia fazer isso sem negligenciar os meus deveres... Devo estudar política e guerra para que meus filhos possam ter a liberdade de estudar matemática e filosofia, geografia, história natural, arquitetura naval, navegação, comércio e agricultura, a fim de que dêem a seus filhos o direito de estudarem pintura, poesia, música, arquitetura, estatuária, tapeçaria e porcelana.

Logo, na mentalidade de Adams, que não constitui uma exceção nas colônias, a guerra era o primeiro item, depois viriam as atividades econômicas e, por fim, quando tudo isso estivesse feito, sobraria o espaço para a arte formal propriamente dita.

KARNAL, Leandro (org.). História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2010. p. 67-69.
http://oridesmjr.blogspot.com.br/2011/04/vida-cotidiana-nas-treze-colonias.html